A cidade de Petra é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba. Em 7 de Julho de 2007 foi considerada, uma das Novas sete maravilhas do mundo.
Das mãos de um povo nómada surgiu uma das maravilhas da Antiguidade: uma cidade esculpida em arenito que resistiu à acção do tempo.
Por 600 anos, uma cidade encravada no deserto da Jordânia foi considerada lenda, como Atlântida ou Tróia. Apesar de dezenas relatos ancestrais, que descreviam com precisão os monumentos grandiosos esculpidos em rocha, ninguém foi capaz de localiza-la até o início do século XIX.
Segundo essas mesmas narrações, Petra surgiu pelas mãos dos nabateus, que apareceram no Oriente Próximo por volta do século VI a.C., durante o Império Persa. Segundo os historiadores Estrabão e Diodoro da Sicília, os nabateus eram cerca de 10 mil beduínos que viviam do transporte de especiarias, incenso, mirra e plantas aromáticas. Eles levavam a carga da Arábia Feliz, actuais Iêmen e Omã, até o Mediterrâneo.
Esses nómadas, “desejosos de preservar sua liberdade chamando de ‘sua pátria’ ao deserto, não plantavam trigo e não construíam casas”, como conta-nos Jeremias, no Velho Testamento, iriam surpreender a todos criando um império e esculpindo sua capital – Petra.
Os nabateus instalaram-se nas terras de Edon, a sudeste do mar Morto. Lá, dispunham de um entreposto “sobre uma rocha extremamente forte, que tinha uma só encosta”, segundo Diodoro. Tratava-se certamente do monte Umm el Biyara, em pleno centro do maciço de Petra. Ainda em nossos dias, o acesso ao seu cume é muito difícil. Com suas sete cisternas e as vertentes verticais, essa montanha é uma fortaleza inexpugnável.
A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO.
Sem comentários:
Enviar um comentário